quinta-feira, 18 de junho de 2009

O velho da praça


Já estava velho fazia muito tempo, tanto tempo que viu gente demais sair de sua vida. Havia muito ele tinha brigado com a esposa e se separado. Os filhos ficaram com ela e com ela aprenderam a odiar o pai, esqueceram dele. O resto da família, já tinha falecido, assim como os amigos que conseguira manter por tanto tempo.
Todo dia, sentava no banco da pracinha e observava as pessoas a sua volta. Via as crianças e lembrava da infância. As brincadeiras com seus amigos e primos. Cada vez era uma brincadeira diferente e todas igualmente divertidas. A vida era fácil e ele não via, queria logo crescer.
Via os jovens e lembrava da adolescência, os melhores tempos de sua vida, tudo que o preocupava eram notas e garotas, nada muito complicado, eram tempos simples, divertidos e prazerosos, porém eram tempos que não voltavam. Aquela vida de sair com os amigos, chegar em garotas e estudar pro vestibular era perfeita, mesmo assim, tudo o que ele queria era crescer, procurava a independência, queria ser dono de si mesmo. Tinha tudo o que queria na mão, mas não era o suficiente pra ele. E por isso deixara quem mais amava, porque era jovem demais pra entender o quanto o amor é importante.
Observava os adultos e percebia como sua vida despencara. Casou-se com alguém que não amava. Percebeu o quanto errou, não deveria ter largado quem amava, deveria ter permanecido com ela, sua amiga e amada, a única que realmente o entendia. Mas a deixou por alguém com quem ia se separar e que iria fazer seus filhos se voltarem contra ele.
Passava todos os seus dias dessa maneira. Como um velho no banco da praça, lamentando o amor perdido. A vida perdida. E também assim faleceu, como um velho no banco da praça. Se alguma coisa ele aprendeu, foi que a vida de nada valia, sem o amor que perdera.

sábado, 6 de junho de 2009

O fim da inocência

Sua vida inteira ele tinha passado na rua. Sofria do preconceito tanto racial quanto social, todos o temiam ao mesmo tempo que se sentiam superiores a ele. O chamavam de pivete, ladrão e mal elemento sem nunca o terem conhecido, e mesmo assim, ele nunca seguiu esse caminho. Vivia dos trocados que conseguia no sinal, nunca recebeu caridade que não fosse essa, algumas moedinhas. Por isso achou estranho o ato daquele homem e não soube o que fazer. Ficou olhando para a mão do homem estendida para ele, uma mão sem trocados, sem nada, apenas uma mão convidativa. O homem abriu a boca e disse "Vem comigo". A criança demorou um pouco a entender, ninguém havia sido tão caridoso com ela. Estendeu a mão e segurou a do homem. O homem o puxou e repetiu "Vem comigo". O garoto então falou "Não quero sua caridade, só quero seu dinheiro, entrega tudo agora ou eu te esfaqueio". Era a primeira vez que cometia um crime. E não seria a ultima.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Bem vindos

Bem vindos todos a esse blog que eu criei. Aqui eu vou expressar toda a minha criatividade e espero agradar a todos. Realmente não sei ao certo sobre o que vou escrever, vou escrever o que me vier a mente no momento (assim como estou fazendo agora). Eu resolvi criar esse blog pra poder usar um pouco dessa criatividade que tem estado excedente ultimamente, não sei se ele vai durar muito, mas eu vou tentar fazer com que dure, vou tentar perder minha preguiça de atualizar o blog. Caso eu esteja demorando muito a postar, me cobrem um texto novo, as vezes uma pressãozinha ajuda. Bom, vou encerrar esse texto de boas vindas por aqui, até porque pra um texto de boas vindas isso aqui tá muito longo e enrolado, fazer o que né, pelo menos to cumprindo minha idéia de escrever o que me vier a mente. Novamente, bem vindos e espero que gostem do blog.

Ps.: Não, o nome do blog não tem sentido algum.